domingo, 14 de abril de 2013

Filosofia serve para tudo...

Segundo o Professor Elvan Silva, o conhecimento arquitetônico é de natureza filosófica. O Livro da Filosofia, portanto, é leitura recomendável para todos nós que tentamos aprender a ser arquitetos.

quarta-feira, 10 de abril de 2013

Para quem quer escrever, ou precisa escrever (um TCC, por exemplo...)

Vinicius de Moraes, a exemplo dos bons poetas, além de deleitar, ensina, também. Em sua prosa “Os elementos do estilo”, publicada em 1962 no livro Para viver um grande amor, o “poetinha”, assim como era chamado, apresenta, traduzidos de resenha sobre obra original de William Strunk Jr (The elements of style, 1918), dez princípios do bem escrever:

1. Use uma linguagem positiva: em vez de "habitualmente não chegava à hora", diga "habitualmente chegava tarde"; em lugar de "não recordou" diga "esqueceu" - e isso porque, consciente ou inconscientemente, o leitor prefere que se diga o que é ao que não é.

2. Seja concreto: "Sobreveio um período de tempo desfavorável" constitui uma vagueza. "Choveu diariamente uma semana" seria a boa fórmula.

3. Abrevie o mais que puder: escrever "atos de natureza hostil" é alongar de dois centímetros "atos hostis".

4. Não qualifique: sempre que não se tratar de estabelecer uma opinião, a qualificação prévia é desnecessária. Dizer que é "interessante" o fato que se vai narrar, é pichar o leitor de inimaginativo.

5. Não use adornos: o estilo não é um molho para temperar uma salada; o estilo deve estar na própria salada.

6. Coloque-se atrás do que escreve: escreva de tal forma que a atenção do leitor seja despertada sobretudo pelo sentido e pela substância do que está dito, e não pelo temperamento e pelos modismos do autor. O primeiro conselho a dar ao escritor que começa seria, pois: para chegar a um estilo, comece por não ter nenhum.

7. Use substantivos e verbos: evite o mais possível adjetivos e advérbios. Não há adjetivo no mundo que possa estimular um substantivo exangue ou inadequado; isto sem subestimar adjetivos e advérbios, quando corretamente empregados. Mas a verdade é que são os nomes e os verbos que dão sal e cor ao estilo.

8. Não superescreva (significando aqui, don't overwrite): a prosa excessivamente rica, adornada ou gorda torna-se mais facilmente nauseante.

9. Não exagere e seja claro: primeiramente, porque o exagero pode tornar o leitor suspicaz; e a clareza, é lógico, facilita a comunicação. Mais vale recomeçar uma frase longa com que se está brigando, que persistir na briga. Freqüentemente uma frase longa nada mais é que duas curtas.

10. Não opine sem razão: ter por hábito ventilar opiniões próprias é prejulgar que o leitor as esteja pedindo, o que constitui um sinal de vaidade.

Cliquem aqui para ver a crônica, na íntegra.

quarta-feira, 3 de abril de 2013